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Continuação - Detalhes sobre Freedom

  • Foto do escritor: Larissa Schmitz
    Larissa Schmitz
  • 31 de ago. de 2020
  • 3 min de leitura

Continuação:



3. Freedom – fabricado em 2005: Esse é o terceiro modelo de processador de fala, Freedom, (o número "3" na imagem do post anterior), usei desde 2009 até 2015.



Após 5 anos de uso do ESPrit 3G, finalmente o SUS liberou os aparelhos do modelo Freedom para todos os usuários de Implantes Cocleares que usassem os modelos MSP, Spectra 22 ou ESPrit 3G, e requisitou, para quem havia recebido os antigos modelos de IC's MSP e Spectra 22, que devolvessem. Fui então chamada pela responsável do Centrinho, em Bauru - SP, para receber o novo procedimento. Pesquisei sobre o modelo Freedom, e achei que o processador de fala fosse melhor que o modelo anterior, ESPrit 3G.


Bom, marquei a data de ativação do Freedom, fui presencialmente e estava sem expectativas. Era bem cedo pela manhã e aguardei ser chamada. A fonoaudióloga me cumprimentou e mostrou o novo processador, Freedom, com seus acessórios. Como eu já estava preparada, ela logo ativou o dispositivo e iniciamos o mapeamento. Fiquei totalmente surpresa, perguntei: “Que som é esse?”. Confesso que fiquei extremamente irritada com o resultado do Freedom, então, a fonoaudióloga explicou-me que era a transmissão ao cérebro, mesmo eu não reconhecendo os sons. Tive que me adaptar novamente. Saí da sala, perdi minha paciência, estava verdadeiramente frustrada, falava que sentia falta do outro modelo ESprit 3G, mas era apenas minha fase de adolescência "imatura".


Depois de alguns meses de uso do Freedom, eu ainda demorei para entender como funcionava a transmissão ao nervo auditivo, a adaptação para aumentar a memória auditiva. Na época, com meus 17 anos, foi uma fase da minha adolescência realmente complicada, pois eu tinha muitas coisas para processar, não só pela irritação dos novos sons, mas desde meus dois anos até minha fase adulta sofri muito preconceito, bullying, assédio, fui vítima de discriminação, também fui vítima de maus tratos por empregadas, e tudo isso desencadeou em mim uma agressividade, e era tudo causado pela minha falta de audição.

Eu não sabia como, ou por onde começar a aprender a ter paciência, ou aprender a não reclamar sobre o novo mapeamento do Freedom, foi uma das piores experiências da minha vida.


Eu recordo muito bem do meu primeiro processador, Spectra 22, aos meus 4 anos de idade. Lembro que o primeiro processo de mapeamento realmente foi bem puxado, fazia reabilitação, fiz muitos trabalhos, como: reconhecer os sons, aprender a falar, e perguntava várias vezes: “que som é esse?”.

Contudo, após um longo processo de adaptação com o Freedom, minha audição começou a voltar ao normal, minha memória auditiva melhorou bastante depois de meses sem reconhecimento. Eu aprendi muita coisa sozinha, principalmente sobre paciência.


Após 3 anos de uso do Freedom, meu dispositivo interno começou a ter infecção, eu não podia mexer minha cabeça, ou mesmo levantar, uma dor insuportável. Tive que ir com urgência para Bauru, para avaliar minha audição e fazer novo ajuste. Mesmo com a infecção, um dos profissionais resolveu desativar dois eletrodos do dispositivo interno, CI22M. Depois de repousar, melhorei, e novos mapeamentos melhoraram bastante. (ps: no próximo post, explicarei sobre a falha de dispositivo interno).


Levei quase UM ANO para me adaptar, foi bem difícil, tive que me esforçar muito. Apenas após os três últimos mapeamentos que, enfim, o resultado do Freedom foi melhorar (detalhei minha experiência com IC's durante 24 anos em post anterior).




Observações:


- Já foi lançada oficialmente a primeira bateria recarregável do Freedom, vale a pena, é claro. Mas eu nunca consegui me adaptar a ela, muitas vezes esqueci de levar uma bateria reserva para a aula. Depois de usar pilhas durante 24 anos da minha vida, é difícil modificar esse costume, e continuo utilizando pilhas com meus queridos Kansos (explico mais adiante sobre eles);


- Os sons são mais fortes, pois é bem potente, e os três microfones são excelentes para escutar sons distantes ao ar livre;


- É um pouco mais pesado do que o ESPrit, utiliza 3 pilhas e a durabilidade delas é de 4 dias.





Foto tirada em 2013: meu antigo fone supra-auricular contornado os ICs em formato de coração. :)



 
 
 

As opiniões e colocações expressas nesse blog são exclusivamente minhas e não refletem necessariamente as opiniões da Cochlear™.

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